Páginas

terça-feira, outubro 6

Outubro Rosa: Cristo Redentor é iluminado de rosa para conscientizar sobre o câncer de mama


Dentro das ações do Outubro Rosa, mês de conscientização para o combate ao câncer da mama, o monumento Cristo Redentor recebeu na segunda-feira, 5 de outubro, pacientes que enfrentam a doença para marcar a campanha e foi iluminado com a cor de rosa. Houve apresentação musical com a DJ Scarlet e a violinista Daiana Mazza e uma missa foi celebrada no local.

A presidente da Fundação Laço Rosa, uma das entidades promotoras do evento, Marcelle Medeiros, diz que a estimativa é que 57 mil novos casos devem ser diagnosticados no Brasil este ano. Segundo ela, a campanha Outubro Rosa, que tem ações no Brasil desde 2002, ajudou a tornar o assunto mais conhecido e discutido.

“Hoje a gente fala mais sobre esse assunto, mas ainda falta um longo caminho até a gente efetivamente ter outras políticas públicas de saúde, ainda falta uma longa estrada. É uma questão da sociedade e do poder público, porque se a sociedade não se mobiliza, o poder público vai fazer e ofertar aquilo que está ali. E se a sociedade acha que tudo bem aquilo que está ali, então vai continuar sendo aquilo. Então, na verdade, é um movimento de todos", destacou Marcelle à Agência Brasil.

A presidente da Fundação Laço Rosa lembra que não existe prevenção contra o câncer de mama, mas a detecção precoce pode fazer a diferença entre a vida e a morte da paciente. A enfermeira Vania dos Santos Maia foi diagnosticada com a doença em 2010 ainda no início. Se submeteu à quimioterapia, mastectomia e radioterapia e teve metástase dois anos e meio depois do diagnóstico. Atualmente faz tratamento para controle da doença. Para ela, é fundamental o apoio das instituições de combater ao câncer.

“Tudo isso que a gente vê no mês de outubro deveria se estender por todos os meses do ano, porque é fundamental para quem está passando por esse processo de tratamento, de controle contra o câncer, em busca da cura. Se não fosse esse apoio, seria muito mais complicado para a gente. Quando eu descobri o câncer de mama pela primeira vez, eu não conhecia nenhuma mulher que tivesse, não fazia parte de nenhum grupo, não conhecia nenhuma ONG, lutei sozinha e foi muito complicado para mim. Tanto que eu tinha dificuldade de sair na rua careca. Quando eu conheci toda essa maravilha das pessoas que apoiam a gente nessa luta, parece que isso vai fortalecendo você cada vez mais e você consegue carregar essa bandeira com muito mais facilidade”.

Hoje ela não costuma usar peruca ou lenços, mas reconhece a importância dos acessórios para a autoestima das pacientes que perdem os cabelos por causa do tratamento de quimioterapia. “Eu me libertei, virei uma rebelde, tenho muitos lenços, minhas amigas me mandam. Às vezes eu saio de lenço, mas eu tiro tudo, eu me libertei. As amigas relatam que a parte mais difícil do tratamento não foi a quimioterapia, foi ficar sem os cabelos. Então é difícil porque envolve a vaidade, envolve a sua própria identidade, você se olha no espelho e quer se enxergar, mas sem os seus cabelos você fala 'cadê eu?' O cabelo é a moldura do rosto, você perde a sua moldura, a sua identidade”.

O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, destaca que a primeira campanha que o Cristo Redentor aderiu foi a Outubro Rosa. “Ele iluminado com essa cor maravilhosa nos ajuda também a dar visibilidade a essa grande campanha de prevenção ao câncer de mama, esse é o nosso objetivo em iluminar o Cristo Redentor: rezar pelos enfermos e, ao mesmo tempo, pedir ainda mais ao poder público e que a conscientização social seja de fato uma realidade entre nós”.

O Cristo Redentor é iluminado de rosa dentro da campanha de combate ao câncer de mama desde 2008. Também dentro das ações do Outubro Rosa, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio, promove até quarta-feira ações de esclarecimento e orientações sobre a promoção da saúde da mulher na portaria principal da unidade de saúde. Amanhã, haverá uma palestra com o diretor-geral do hospital, Eduardo Jorge Bastos Côrtes e voluntários da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) oferecerão gratuitamente serviços de beleza para o público

domingo, julho 17

Sol reduz risco de câncer de mama

Além de um belo bronzeado, tomar sol faz bem a saúde. Os raios UV ajudam a fixar no corpo a vitamina D, que auxilia na proteção contra o câncer de mama. Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology mostrou que as mulheres que se expuseram ao sol por pelo menos três horas por dia têm 29% menos chances de contrair a doença do que as participantes com apenas uma hora de banho solar.

O estudo em laboratório revelou que as células mamárias transformam a vitamina D em um hormônio com propriedades anticancerígenas. Também foi feito um levantamento com 3101 vítimas de câncer de mama e com 3471 mulheres saudáveis.

Elas responderam a um questionário sobre o tempo em ficaram sob o sol em quatro fases da vida: adolescência, entre os 20 e os 30 anos, entre os 40 e 50 anos e depois dos 60. Entre as que se expuseram ao sol por pelo menos 21 horas semanais entre os 40 e 50 anos, os riscos caíram 26%. As mulheres com mais de 60 anos que mantiveram a média derrubaram 50% as chances de ter câncer.

Os homens também podem se beneficiar do sol: aqueles que conseguem a quantidade recomendada de vitamina D por dia têm menos probabilidade de sofrer ataques cardíacos ou derrames cerebrais, de acordo com um estudo realizado pela Harvard School of Public Health.

Os especialistas alertam que não podemos nos esquecer dos riscos da exposição ao sol e do câncer de pele. Por isso use muito protetor solar e horários adequados, ou pela manhã ou no fim da tarde.

Mamografia

mamografia
A mamografia é uma radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer e é capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). Pode descobrir alguns tipos de cânceres antes de você ou até mesmo antes de seu médico poder sentir um nódulo. Eles podem ajudar a determinar quais nódulos são cancerosos e quais são benignos.

É realizada em um aparelho de raios-X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável.

Estudos sobre a efetividade da mamografia sempre utilizam o exame clínico como exame adicional, o que torna difícil distinguir a sensibilidade do método como estratégia isolada de rastreamento.

A sensibilidade varia de 46% a 88% e depende de fatores tais como: tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas), qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 99% e é igualmente dependente da qualidade do exame.

A Sociedade Americana de Câncer recomenda que se você possuir entre 35 e 39 anos, deve realizar um mamograma básico de prevenção. A partir dos 40 anos de idade, deve realizar uma mamografia a cada 2 anos. E se e você possuir 50 anos ou mais, deve realizar mamografia a cada ano. E ainda, se possuir risco de câncer de mama, mais cedo e mais freqüente o mamograma é recomendado. Seu médico deverá fazer um exame de mama todo ano.

radiografia da mama
 Os resultados de ensaios clínicos randomizados que comparam a mortalidade em mulheres convidadas para rastreamento mamográfico com mulheres não submetidas a nenhuma intervenção são favoráveis ao uso da mamografia como método de detecção precoce capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama. As conclusões de estudos de meta-análise demonstram que os benefícios do uso da mamografia se referem, principalmente, a cerca de 30% de diminuição da mortalidade em mulheres acima dos 50 anos, depois de sete a nove anos de implementação de ações organizadas de rastreamento.

Procure um médico se perceber qualquer mudança em suas mamas no auto-exame, especialmente se encontrar um nódulo ou se tiver alguma dúvida.